Os desafios do empreendedorismo feminino na área da saúde

O empreendedorismo feminino cresce consideravelmente a cada ano. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae em 2019, o Brasil conta com 24 milhões de mulheres empreendedoras. No entanto, ser mulher e empreender apresenta diversos desafios, principalmente na área da saúde.

Um dado que podemos observar nesse mesmo estudo, é que elas ganham 22% a menos que os homens. Diante disso, as mulheres que decidem ser donas do próprio negócio enfrentam desvantagens no mercado de trabalho. Porém, movimentos e transformações surgem para contribuir com o empoderamento do gênero feminino.

Neste artigo, apresentaremos alguns dos desafios da mulher no empreendedorismo e mostraremos a sua importância. Confira!

Ser mulher e empreender na área da saúde

Muitas vezes, palavras como coragem, força, determinação e luta estão automaticamente vinculadas aos homens, enquanto as mulheres são relacionadas à sensibilidade, cuidado, delicadeza e fragilidade. Mas afinal, de que maneira isso as afeta?

Segundo um estudo sobre a mulher na área da saúde, existem muitos problemas com essa visão. A maioria das médicas vivem uma constante batalha para ganhar espaço na sociedade e serem valorizadas. Isso é algo histórico, que perdura no tempo e está presente nos corredores dos hospitais, clínicas, universidades e centros de pesquisas.

Uma das constatações apontadas nessa análise, é que as mulheres representam 65% das profissionais que atuam nesse setor. Geralmente, elas trabalham como agentes comunitárias, enfermeiras, auxiliares e técnicas de enfermagem. Porém, elas encontram-se pouco presentes na gestão das políticas de saúde e em cargos de chefia.

A desigualdade é observada quando os homens são a maioria nas profissões como a Medicina e a Medicina Veterinária — setores de maior prestígio social e financeiro —, enquanto as mulheres, ocupam cargos na área da saúde menos valorizados e recebem um salário mais baixo. A seguir, explicaremos sobre a dificuldade do empreendedorismo feminino.

Os desafios das mulheres empreendedoras

Começar um negócio, manter-se no mercado de forma competitiva e passar pelas etapas de planejamento e execução das atividades são questões bastantes desafiadoras para todos. No caso da mulher, há outros pontos que geram ainda mais complicações. Entenda melhor algumas dessas adversidades.

Sexismo

Trata-se da discriminação baseada em estereótipos de gênero. Essa é uma questão que impacta as profissionais desde a contratação em uma empresa até quando ela deseja ter seu próprio negócio. Nessas circunstâncias, os homens são considerados mais competentes que as mulheres — o que é um julgamento desigual em relação ao sexo feminino.

Nos dias de hoje, muitas ações são realizadas para mudar esse cenário. Isso deve começar tanto dentro de nós quanto nos ambientes internos e externos das instituições. Um exemplo de discriminação que culminou em uma luta por igualdade foi o caso das médicas que publicaram fotos de biquíni. Elas posicionaram-se contra um estudo que afirmou que os pacientes deveriam consultar as redes sociais dos médicos antes de optar pelos seus serviços.

O protesto tomou forma após alguns pesquisadores analisarem as fotos de profissionais de medicina e relatarem que o compartilhamento de fotos de biquíni, bebidas alcoólicas e o uso de linguagem inapropriada, era um “comportamento antiprofissional”.

Por meio da hashtag #MedBikini, várias médicas postaram selfies usando o traje de banho. Isso ganhou visibilidade e gerou repercussão, levando ao pedido de desculpas por parte de um dos envolvidos na pesquisa.

Faturamento menos rentável

Outro desafio do empreendedorismo feminino é o baixo faturamento das organizações lideradas por elas. Apesar de serem 16% mais escolarizadas que os homens, suas receitas são menores. Segundo o Sebrae, alguns dos fatores que impactam essa questão são:

  • Em diversas partes do mundo as mulheres são privadas do direito de estudo e isso impacta no desenvolvimento de habilidades para liderarem um negócio;
  • Elas não são estimuladas desde cedo a investirem na área de finanças, o que reflete na gestão da empresa;
  • As oportunidades de networking dentro do mundo dos negócios são mais favoráveis aos homens do que às mulheres.

Desestímulo

Outro obstáculo da carreira da mulher é o desencorajamento no ambiente de trabalho. Aquelas que ocupam uma posição dentro das organizações, por exemplo, têm a intenção de subir de cargo. Mas, à medida que o tempo passa, elas não são reconhecidas por suas capacidades. Isso gera medo do fracasso e resulta na desistência de abrir sua própria empresa.

Esse desencorajamento também reflete no cotidiano das profissionais da saúde. Muitas delas são cobradas constantemente como trabalhadoras, mães, acadêmicas e pressionadas pelas exigências do capitalismo.

A importância do empreendedorismo feminino

Ser mulher e empreender é um desafio. Mas é por meio do trabalho duro para superar as diferenças e da luta para cobrar os mesmos direitos que os homens, que os resultados serão colhidos para as profissionais de saúde da próxima geração.

Ao ser dona do próprio negócio, as empreendedoras garantem o sustento de si mesmas e de suas famílias, além de serem capazes de gerar empregos para outras mulheres. Além disso, conseguem ser independentes e protagonistas de suas vidas.

Fomentar o empreendedorismo feminino é essencial para impactar positivamente a sociedade e o mercado, em busca de aumentar os ganhos e criar um espaço mais rico, igualitário e diverso.

Percebemos que as mulheres são capazes de promover ótimas transformações para as empresas, a sociedade e a economia. Com o ótimo trabalho dessas profissionais, cada vez mais, mulheres jovens são motivadas a assumir cargos de liderança. Devido às suas competências, elas têm potencial para criar negócios inovadores, revolucionários e criativos.

Na área da saúde, a alternativa para enfrentar esses problemas é deixar de lado os dogmas impostos pela sociedade e implementar os valores femininos. É fundamental ressaltar o valor da mulher nesse segmento, bem como sua autonomia, coragem e independência.

Algumas das oportunidades para as profissionais da saúde empreenderem incluem ter iniciativa e abrir a própria clínica ou consultório. Então, busque pelas melhores estratégias para otimizar a gestão da sua empresa a fim de melhorar os resultados.

Agora que você conhece os desafios do empreendedorismo feminino na área da saúde, pode perceber que existem diferenças entre os gêneros nesse setor. Por isso, lute por mudanças e foque na sua realização pessoal. Assim, conseguirá fazer a diferença e impactar na qualidade de vida de seus pacientes.

Se você tem o sonho de abrir seu próprio negócio, comece escolhendo o melhor software médico para o sucesso da sua clínica ou consultório.

 

Sobre o Autor

Carolina Sossai Cardoso
Carolina Sossai Cardoso

Especialista em Marketing Médico | Produtora de conteúdo voltado para a área da saúde, gestão de clínicas e software médico.